terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Uma questão de Identidade

Uma Questão de Identidade

1. Nossa Cidadania (Ef. 2:11-22)
Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens;
Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.
Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;

2. Nossa Qualificação: povo especial (Tito 2:14)
Deus é Santo, isto é, “separado”, e o seu povo também é separado. Quando Ele escolheu um povo para o seu serviço sacerdotal, Ele o fez singularizando um homem, Abraão, que foi chamado “para fora” do mundo em que vivia à sua época. Nasceu Israel, peregrinou no Egito, 430 anos, onde tinha se tornado escravo, até que Deus o libertou das mãos de Faraó, para através de Israel, fazer conhecidas as suas obras a todos os povos da terra. E a Israel, Deus determinou: “Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há”. (Dt 7:6)
Porque Israel é um povo especial para Deus?
“Primeiramente as Palavras de Deus lhe foram confiadas” (Rom. 3:2b). Por eles veio a adoção de Filhos (para Deus, em Jesus Cristo, o maior dos Israelitas), e a glória, e os concertos, e a Lei, e o culto, e as promessas (Rom. 9:4).
Porque nós (a Igreja), somos chamados de “povo especial”? Porque fomos enxertados neles (através de Cristo). Embora a Igreja seja formada na sua maioria de gentios, não nos esqueçamos de que ela se iniciou com judeus, e somente mais tarde, o Evangelho se expandiu para os gentios. A ordem de Jesus aos discípulos foi: “Ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel”. Quando uma árvore frutífera é enxertada a uma outra, prevalece a qualidade do tronco, a principal. A Palavra de Deus nos diz que éramos “zambujeiro”, (Rm 11:17) isto é, oliveira brava, e fomos enxertados na boa oliveira, Israel, e assim a qualidade da verdadeira oliveira passou a dominar em nós. O velho homem, os velhos costumes, foram substituídos pela nova criatura, adotada como “filho” de Deus.
“Vós me sereis povo santo (separado)”. Era ordem de Deus, que o povo de Israel, ao entrarem a possuir a terra da Palestina (Canaã), não fizesse uso dos costumes do povo da terra, porque Deus não aprovava tais costumes. A nós é dito: “Não vos conformeis com este mundo”, isto é, não andeis em conformidade com este mundo. “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há; se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele, porque o mundo passa e a sua concupiscência (cobiça, desejos de bens materiais; parcerias com o mundo, vaidades, etc.). Deus nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.

Que privilégio!
“Se alguns dos ramos foram quebrados (os judeus), e vós (gentios), sendo zambujeiro fostes enxertados no lugar deles, e feitos participantes da raiz e da seiva da oliveira...” (glória a Deus!)
“Pois se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não poupe a ti também” (Rm 11:17, 21)

3. Vivendo em novidade de vida
“Portanto, se alguém está em cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo” (2Co 5:17)
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2)
“Filhinhos, não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Porque, o mundo passa e a sua “vaidade”, mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre (1João 2:15-17)

4. NOSSA LINGUAGEM:
“Chibolete” ou “sibolete”? Certa vez, nos tempos dos Juizes, houve uma peleja entre duas tribos de Israel: Gileade e Efraim. Jefté julgava Israel, e os efraimitas declararam guerra a Gileade, tribo à qual pertencia Jefté. Então, Gileade fez prisioneiros a alguns efraimitas, que para fugirem queriam se passar por gileaditas. Então para identifica-los, lhes foi imposta a seguinte condição: se eles fossem dos de Gileade, deveriam falar: “chibolete” que significa “espiga de cereal”). Porém, não conseguiam pronunciar corretamente, e falavam “sibolete”, e assim eram degolados, porque não possuíam a verdadeira identidade., não conseguiam se identificar.
A tua fala te denuncia: Quando Pedro negou ser um dos discípulos de Jesus, os homens que o interrogaram, disseram-lhe: “Tu és um dos dele, sim! A tua fala te denuncia”. Quando os discípulos foram chamados de cristãos, foi devido à aparência deles (modo de ser, de falar, de agir) ser tão semelhante a Cristo, que foram tratados de “Cristos, em miniatura”, em comparação.

5. A LUZ DO MUNDO
O senhor Jesus mesmo foi quem disse que nós somos a “luz do mundo”, e não se pode esconder a luz. É fácil identificar a luz. Ela não se oculta, é bem visível, ela é separada das trevas, onde chega, as trevas fogem. Como pois, podemos concordar com as obras das trevas? Deus exige de nós: “Sede santos” (separados), mas nós não queremos viver separados do mundo, queremos nos misturar, para parecer que tudo é igual, nada difere, a diferença, dizemos, está no coração. Esta não é a verdade, pois, pela árvore se conhece os frutos. Como pode, um cristão, filho de Deus, regenerado pelo Espírito Santo, a luz do mundo precisar se ocultar para que não se identifique entre a luz? “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo espírito do Senhor (2Cor. 3:18).

6. A CARTA DE CRISTOSomos a Carta da Cristo, escrita e lida por todos os homens (2Cor. 3:2, 3); somos o bom cheiro de Cristo (2Cor. 2:15). Não adianta tentarmos, como o apóstolo Pedro, negar nossa identidade. Como poderemos dizer: “não conheço esse homem?”, Pedro, a tua fala te denuncia. Não somente a fala de Pedro, mas o seu jeito, o seu vestir, o seu andar, o seu modo de ser, indicavam que ele havia andado com Jesus.

7. A SEMELHANÇA DE CRISTO. Qual é a nossa identidade? A semelhança de Cristo em nós, deve ser a nossa identidade principal. Os discípulos foram chamados de cristãos, precisamente pela semelhança de Cristo que havia neles: virtude do Espírito Santo; simplicidade, humildade, obediência, amor sincero, uns pelos outros (v. 2Cor. 11:2,3); objetivo maior: agradar a Deus. Certamente, se possuirmos essas virtudes, seremos verdadeiramente “cristãos” (semelhantes a Cristo)!

Prezados irmãos, se o Espírito Santo está em nós, vive em nós, faz morada em nós, então somos o templo do Espírito Santo, e não precisamos nos cobrir com a “tenda mundana”. Se somos a carta de Cristo, devemos ser uma carta “sem rasuras” sem manchas, para que o mundo possa ler e ver Cristo em nós. Se temos a semelhança de Cristo, devemos retratar o seu caráter.
Certamente, se possuirmos essas virtudes, seremos verdadeiramente “cristãos” (semelhantes a Cristo)!
Se temos a mente de Cristo, certamente vamos pensar nas coisas que são de cima: O reino de Deus, a Vida eterna, e não nas coisas terrenas, perecíveis, passageiras.
Assim, a nossa identidade será reconhecida, poderemos dizer como Paulo: “Eu sei em quem tenho crido”. As fantasias do mundo, jamais poderão roubar a bênção da glória celeste que Deus tem para os filhos seus.

RESUMO (O EXEMPLO DE JEÚ):
“Se o teu coração é igual ao meu, dá-me a mão, e meu irmão serás” (ver 1Reis 10:15-28).

Pr Artur Gabriel

Ministério Aliança Apostólica
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